Não fique em silêncio
- Ana Carolina de Oliveira Kostkoski
- 5 de set. de 2024
- 2 min de leitura
Às vezes, carregamos dentro de nós preocupações, angústias e medos que, com o tempo, se tornam insuportáveis. O silêncio, embora pareça uma forma de proteção, pode se transformar em um fardo pesado demais para suportar sozinho. Não é fácil admitir que estamos lutando, mas é justamente essa admissão que pode nos salvar.
Quando mantemos nossos sentimentos presos, eles tendem a crescer e se intensificar. A dor não compartilhada muitas vezes se multiplica, criando um ciclo de sofrimento que pode levar ao isolamento, à depressão e, em casos extremos, ao suicídio. O silêncio, nesse contexto, não é apenas um esconderijo, mas um amplificador do sofrimento.
Falar sobre o que sentimos não é apenas um alívio momentâneo, é um ato de coragem. Quando colocamos em palavras o que estamos passando, abrimos espaço para o apoio e para soluções que, sozinhos, talvez não conseguíssemos enxergar. Falar é o primeiro passo para transformar o que parece insuportável em algo manejável, e pode ser a chave para a recuperação.
Se abrir não é fácil, mas pequenas ações podem fazer uma grande diferença.
Se você percebe que alguém ao seu redor está sobrecarregado pelo silêncio, o mais importante é oferecer uma escuta atenta e sem julgamentos. Às vezes, a pessoa só precisa de alguém que esteja ali, disposto a ouvir. Incentive-a a falar, mas respeite seu tempo. Mostre que você se importa e que ela não precisa enfrentar isso sozinha.
Lembre-se: Você não está sozinho
Se o silêncio está pesando, saiba que há pessoas dispostas a ouvir e a ajudar. Falar pode ser assustador, mas é também libertador. Não carregue esse peso sozinho – compartilhe, converse, e permita-se ser ouvido. A cura começa com uma palavra.
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